Um Circuito Clássico
Seguindo com os circuitos elétricos das guitarras clássicas, apresentamos o desenho do circuito Gibson Les Paul 1950 vintage, como era nos anos 1950. Esse mesmo circuito também era usado em outros modelos da Gibson, como a ES-335.
A ligação é simples, conecta o potenciômetro de tonalidade à saída do potenciômetro de volume. No final dos anos 1950, as guitarras da Gibson vinham com essa ligação. Esse circuito Gibson Les Paul pode ser usado também nas Telecasters, da Fender.
A característica desse circuito é o reforço no volume e timbre do instrumento, características da Les Paul. Ambos os controles de volume e ton são mais ágeis e reagem de forma mais suave, sem os habituais aumentos ou diminuições repentinos característicos dos potenciômetros usados para esse fim.
Ligações no Circuito Gibson Les Paul
O tons e os volumes interagem uns com os outros, característica dos amplificadores valvulados Fender. Quando você altera o volume, o tom muda um pouco também, e vice-versa.
O som desse circuito dos anos 1950 é lendário, tem fama de mágico e foi usado em muitas gravações clássicas do rock. O som que esse circuito proporciona é mais transparente e direto, a guitarra responde melhor. Fica difícil descrever com palavras, sendo melhor experimentar e comparar com outros circuitos, como por exemplo, o circuito clássico da Stratocaster.
Pensando um pouco na questão da perda dos agudos, as características dos captadores single coil passivos e controles de volume. Em uma Telecaster por exemplo, quando você abaixa o volume, você perde freqüências proporcionalmente à quantidade de redução do volume. Um pequeno corte no volume produz uma perda bem maior de agudos, exigindo um ajuste também da tonalidade.
Alterando Padrões Elétricos
Esse problema pode ser resolvido com a instalação de uma combinação de capacitor e resistor ligado em paralelo ou em série nos potenciômetros de volume. Outra alternativa é o circuito dos anos 1950, que compensa essa perda de agudos.
É possível ainda, alterar o circuito padrão da Telecaster ou Strato, por exemplo, para a fiação das Gibson dos anos 1950. A maioria das guitarras Gibson dos anos 1950 vinham com captadores humbuckers PAF. Esses captadores tinham um ganho extra em relação aos single coil das guitarras Fender. Isso é uma das características dos modelos da Gibson.
Muitos músicos alteram a fiação padrão da Telecaster. Basta conectar o potenciômetro de tonalidade à saída do potenciômetro de volume. Assim é possível torná-lo comutável, como se tivesse dois circuitos em um: o da Tele e o da Gibson!
Trabalhando Na Bancada
Antes de ligar o ferro de solda, estude o circuito e as ligações! Uma boa dica é deixar um desenho do circuito impresso pregado na parede, para consulta. Limpe os terminais, lixe se necessário, para uma solda de qualidade e sem excessos.
Mantenha sua bancada limpa e coloque um pano macio para apoiar a sua guitarra antes de desparafusar as placas para acesso ao circuito. Pequenos cuidados que evitam arranhões indesejáveis ou até quebra de algum componente, como as chaves seletoras e capas dos potenciômetros.
Ferramentas Adequadas
Deixe sua guitarra bem apoiada na bancada e use ferramentas adequadas. Parafusos espanam a cabeça com facilidade por conta do uso de chaves de bitolas diferentes dos parafusos. Para se trabalhar com regulagens e reparos em guitarras, tenha um jogo de mini e micro chaves de fenda e Phillips, além de chaves Allen (hexagonais).
Captadores e pontes possuem parafusos pequenos. É muito comum guitarras com esses parafusos travados ou com a cabeça gasta. Isso pode acontecer com o uso de chaves inadequadas.